ELES MERECEM GANHAR
TANTO?
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Um elefante incomoda muita gente. Dois elefantes
incomodam, incomodam muito mais. Quando são gordos, movimentam-se com
dificuldade. E, quando param no meio do caminho, impedem que os outros sigam
em frente. Gigante e ineficiente, o Estado brasileiro é frequentemente
comparado a um elefante. Talvez o paralelo mais correto fosse compará-lo não
com um, dois, três ou quatro, mas com uma manada inteira, cujo peso se fez
sentir, em toda a sua portentosa tonelagem, nas últimas semanas.
Primeiro,
na maior onda de greves de funcionários públicos desde que o Partido dos
Trabalhadores assumiu o poder, em 2003 – os elefantes que param no meio do caminho
e impedem que o país siga em frente. Extremamente bem tratados no governo
Lula, quando ganharam aumentos salariais bem acima dos obtidos pelos
trabalhadores da iniciativa privada (leia o quadro abaixo), os
servidores se tornaram pesados demais para o país carregar. A ponto de o
próprio Lula ter reconhecido isso publicamente, apoiando a presidente Dilma
Rousseff em seu esforço para enfrentar as greves. Embora algumas categorias
ligadas ao Executivo federal, em especial os professores, não tenham recebido
aumentos tão polpudos na era Lula, a maioria não tem do que reclamar.
Segundo, na grita dos sindicatos ligados ao
setor público – e na enxurrada de ações judiciais que eles promoveram – para
tentar evitar a divulgação dos salários nominais do funcionalismo. Esses são
os elefantes gordos. As ações conseguiram travar a abertura dos vencimentos
de funcionários de várias categorias, como no caso dos servidores do
Congresso Nacional. Outras categorias não ofereceram resistência à medida ou
foram derrotadas em seus pleitos na Justiça, com base na Lei da
Transparência, em vigor desde maio. Entre as listas divulgadas em todo o
país, uma das mais controvertidas foi a que revelou os maiores salários pagos
pelo governo do Estado de São Paulo, objeto da reportagem
na edição de ÉPOCA que chega às bancas e ao seu tablet (baixe o aplicativo) neste fim de semana. A reportagem é a primeira
de uma série que ÉPOCA inicia nesta
semana sobre os supersalários pagos nos três Poderes – Executivo, Legislativo
e Judiciário – e nas três instâncias de governo – federal, estadual e
municipal.
Fonte:
Revista Época
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